aipim

Afastando ratos

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

cabelos


Cabelo Saudável
A Saúde do Cabelo
O cabelo é um factor de grande peso na nossa imagem e contribui para a nossa auto-estima uma vez que condiciona a forma como nos apresentamos no dia-a-dia. A cor, o estilo, o volume e a forma do cabelo podem tornar-nos mais atraentes e confiantes. À semelhança da pele, o cabelo reflecte o estado de saúde, a higiene e o equilíbrio alimentar. Um cabelo saudável revela um aspecto sedoso e brilhante, é suave ao toque e tem um crescimento regular. Além da finalidade estética, é importante como isolante térmico, protegendo a cabeça das radiações solares.

A estrutura do cabelo
Cada fio de cabelo está alojado num folículo pilo-sebáceo e é constituído pela raiz e pela haste capilar. A raiz é constituída por células vivas e encontra-se implantada na pele apresentando uma dilatação na base – o bolbo piloso. È na raiz que ocorre o crescimento do cabelo.
A haste é a parte livre do pêlo sendo constituída por células mortas e queratina, uma proteína fibrosa rica em enxofre que entra na composição das fibras capilares, das unhas e da pele.
Cada haste de cabelo é constituída por um núcleo semioco - a medula, uma camada circundante de fibras - o córtex e no exterior, várias camadas de células sobrepostas que protegem as fibras capilares – a cutícula. Da integridade da cutícula depende o aspecto do cabelo e a maior ou menor facilidade em pentear. O córtex é responsável pela elasticidade e pela ondulação do cabelo.
A cor do cabelo é determinada pela quantidade do pigmento melanina na haste capilar e depende também da hereditariedade, no entanto, devido à diminuição progressiva da actividade dos melanócitos, as células que produzem melanina, assiste-se a um embranquecendo com o passar dos anos
 Junto à raiz, uma pequena glândula sebácea segrega uma substância gorda, o sebo, que cobre e protege o cabelo. A actividade do folículo piloso está sujeita a controlo genético e hormonal.

O ciclo de crescimento do cabelo
Uma cabeleira média é constituída por cerca de 100 000 – 150 000 cabelos que crescem 1 cm por mês e cerca de 10-15 cm por ano.
Os cabelos estão em constante renovação passando por períodos alternados de crescimento e repouso.
O ciclo do crescimento do cabelo inclui 3 fases cuja duração é variável de indivíduo para indivíduo e depende da idade e raça:
- Crescimento ou anagénese: dura cerca de 3 anos no homem e cerca de 6 anos na mulher e abrange 85% da cabeleira. As células na raiz multiplicam-se intensamente e o cabelo cresce de forma regular e dá-se a produção do pigmento melanina. Com o envelhecimento, a duração desta fase vai sendo cada vez menor e os cabelos crescem cada vez menos.
- Transição ou catagénese: o cabelo deixa subitamente de crescer e morre, é de curta duração – 2 a 3 semanas e corresponde a cerca de 1% dos cabelos. Não é produzida melanina durante esta fase.
- Repouso ou telogénese: o fio de cabelo dura ainda 3 ou 4 meses ao fim dos quais se solta da raiz e cai. A partir desse momento, o ciclo recomeça e o cabelo que caiu é substituído por outro. Começa a formar-se então um novo cabelo no mesmo folículo. Esta fase pode durar 3-6 meses e coexiste em 14% dos cabelos.
O ciclo normal do cabelo está associado à perda temporária de cabelo e ao crescimento de novo cabelo a partir dos mesmos folículos. É um processo contínuo, cada folículo completa 10 a 20 ciclos de crescimento ou seja produz 10 a 20 cabelos durante o tempo de vida útil do indivíduo.
As hormonas masculinas – androgénios são o factor mais importante na regulação do crescimento do cabelo e da espessura da haste capilar.
As carências nutricionais e os estados febris afectam também o crescimento do cabelo.
Os problemas do cabelo
Muitos dos problemas com o cabelo parecem ser estéticos mas podem ser também um sintoma de um distúrbio subjacente mais grave.

Cabelo seco
Os cabelos secos são baços, quebradiços, ásperos ao toque e difíceis de pentear e desembaraçar. Manifestam uma produção deficiente de sebo o que pode ser consequência de tratamentos agressivos (permanentes, descolorações, uso de tintas ou champôs que desidratam o cabelo) ou de disfunções endócrinas, malnutrição ou idade avançada. São cabelos que não tem humidade suficiente porque a cutícula tornou-se demasiado porosa e o córtex não consegue reter água.

Cabelo estragado
O cabelo danificado apresenta-se sem brilho, é áspero e difícil de manejar. Tem falta de elasticidade pelo que quebra facilmente. As causas podem ser várias como os tratamentos capilares (permanentes, coloração, descoloração), a escovagem, o calor do secador, a exposição ao sol e o desgaste inerente ao envelhecimento. Numa primeira fase o cabelo enfraquece, a cutícula começa a quebrar e a cair camada por camada deixando o córtex exposto e o cabelo quebradiço.

Cabelo oleoso
Os cabelos oleosos são pesados, sem volume, luzidios e aderentes ao couro cabeludo  devido ao excesso de secreção de sebo pelas glândulas sebáceas associadas aos folículos pilosos. O sebo é indispensável para proteger o couro cabeludo das agressões externas, no entanto diversos factores podem desregular este mecanismo natural e causar uma hipersecreção de sebo que se espalha por capilaridade ao longo do cabelo e pode provocar a obstrução dos folículos pilosos causando alopecia seborreica.

A seborreia é muito comum na adolescência devido ao aumento dos níveis hormonais mas também pode ocorrer uma seborreia temporária em qualquer idade na sequência de episódios de stress intenso, má alimentação, desequilíbrios hormonais ou infecções crónicas. A oleosidade é usualmente mais severa no sexo masculino em resultado das hormonas androgénicas.

Dermite seborreica
É uma doença inflamatória caracterizada por a pele se encontrar vermelha, descamativa  e pruriginosa e manifesta-se em partes do corpo onde existe maior produção de óleo pelas glândulas sebáceas ou em presença de um fungo, o Pityrosporum ovale. O processo inflamatório originado pelo excesso de sebo acumulado leva à formação de crostas, feridas, caspa e queda de cabelo. A erupção pode surgir em períodos de tensão, alterações hormonais, mudanças bruscas de temperatura, mas a causa exacta é desconhecida. Deve evitar-se o emprego de substâncias que possam irritar a pele.

Caspa
Os estados peliculares correspondem à formação de películas no couro cabeludo, distinguindo-se 2 formas:
Caspa seca – caracteriza-se por descamação excessiva do couro cabeludo sob a forma de escamas brancas, finas e não gordurosas que se desprendem facilmente e caem sobre os ombros.
Caspa oleosa –As escamas são maiores e mais espessas que na caspa seca,  são amareladas, gordurosas e aderem ao couro cabeludo. Acompanha-se de inflamação do couro cabeludo e de prurido, com uma certa exsudação.
Os estados peliculares resultam de uma aceleração da renovação celular com descamação exacerbada de células da pele do crânio. Está associado a um processo inflamatório devido a um distúrbio na produção de sebo pelas glândulas sebáceas que favorece a proliferação de fungos causadores de irritação e prurido. A caspa não tratada favorece o surgimento de infecções e a queda.
Alguns dos factores que podem favorecer o aparecimento de caspa são o uso de cosméticos inadequados, uma diminuição das defesas cutâneas, o stress, a fadiga, a poluição e o tempo seco.

Queda de cabelo
O cabelo tem um ciclo normal de crescimento que resulta do balanço entre a quantidade de cabelo que nasce e a quantidade que cai.
Uma queda diária de 50 a 100 cabelos pode considerar-se normal mas se exceder este número a queda é excessiva e deve ser tratada.
O cabelo deixa de crescer quando a quantidade de cabelo que cai é superior àquela que nasce. Isto pode dever-se a desequilíbrios alimentares, dietas radicais, alterações hormonais como os distúrbios da tiróide, secreção sebácea excessiva, estados de stress, infecções recorrentes, cirurgias, a toma de determinados medicamentos, o pós-parto e o processo natural de envelhecimento.
Há também causas externas para a queda do cabelo geralmente provocadas por  produtos químicos usados em permanentes, escovação violenta ou pela alternância das estações.
O nome científico para a queda de cabelo é alopecia podendo ser de vários tipos como a alopecia areata em que se formam peladas, áreas arredondadas totalmente sem cabelos; a alopecia androgénica causada pelas hormonas masculinas, em que o cabelo começa a cair nas têmporas e atinge a parte superior do crânio originando a calvície que é irreversível; a alopecia difusa que é mais frequente nas mulheres e apresenta-se como uma diminuição acentuada da densidade do cabelo na parte superior da cabeça; a alopecia seborreica com produção excessiva de sebo na sequência de desregulação hormonal e a alopecia temporária após doença grave.

Higiene e Tratamento do cabelo
A lavagem do cabelo é efectuada com o auxílio de champôs com agentes tensioactivos que desengorduram e limpam o cabelo.
Um bom champô deve deixar os cabelos soltos, volumosos, brilhantes, macios, fáceis de pentear e sem electricidade estática. Não deve ter elevada concentração de detergentes, não deve modificar o pH ácido do couro cabeludo e não deve ser irritante para os olhos.
A secagem do cabelo com secador deve ser feita a temperatura média a uma distância mínima de 15 cm.

Tipos de champôs
Champôs de lavagem frequente – possuem uma concentração fraca em tensioactivos e são pouco agressivos.
Champôs corantes – possuem substâncias que conferem coloração ao cabelo.
Champôs hipo-alergénicos – Não incluem perfume na sua composição
Champôs anti-caspa – incluem substâncias com propriedades anti-sépticas, anti-fúngicas e bactericidas para combater os micróbios que causam irritação da epiderme mas devem ter uma base de lavagem que limpe o couro cabeludo sem o agredir.
Champôs para cabelos oleosos – devem regularizar a secreção sebácea e eliminar o excesso de sebo mas não em demasia pois se desengordurarmos demais a pele do couro cabeludo, ela reage com uma seborreia reactiva ou seja mais oleosa se torna.
Champôs para cabelos secos –devem compensar as carências capilares, fixando sobre a haste as substâncias gordas e proporcionando hidratação. Beneficiam da aplicação de um creme amaciador ou de uma máscara nutritiva.
Tratamento anti-queda - Na queda androgénica deve fazer-se correcção com champôs anti-seborreicos. Se houver uma queda sazonal devem ser usadas loções para atenuá-la e que contenham aminoácidos para regenerar o couro cabeludo.
O tratamento, numa primeira fase, permite diminuir a queda e é por nascer mais cabelo do que aquele que cai que parece haver mais cabelo, só mais tarde é que se torna visível o seu crescimento.

Condicionadores
Os condicionadores podem ser benéficos para os cabelos secos, estragados ou difíceis de manejar, tornando-os mais brilhantes e fáceis de pentear, sendo desaconselhados para cabelos oleosos.
Estes produtos modificam temporariamente a estrutura da queratina e permitem disfarçar alguns problemas capilares.

Coloração
Nem todas as pessoas estão satisfeitas com a cor natural do seu cabelo. Algumas pintam o cabelo para disfarçar os cabelos brancos, outras para acentuar a cor e dar brilho e ainda outras para mudar radicalmente de aspecto.
Os colorantes capilares podem ser de origem vegetal ou química. Os de origem vegetal como a hena depositam-se sobre a haste capilar tendo um efeito estabilizador sobre a estrutura do cabelo, penetram apenas na camada externa da fibra capilar e dão uma cobertura de cor sem alterar o cerne da fibra. Os colorantes vegetais não incluem amoníaco o que torna insignificante a absorção do produto pelo couro cabeludo pelo que não apresentam risco para a saúde capilar.
Os colorantes de origem química são mais agressivos pois penetram na queratina abrindo as cutículas dos fios de cabelo para remover o pigmento natural e substitui-lo por colorante químico tornando os cabelos frágeis e desvitalizados após tratamentos repetidos.
Os colorantes podem ser classificados de acordo com a permanência no cabelo:
Temporários: são aqueles que são retirados com uma única lavagem.
Semi - permanentes: Penetram na camada superficial do cabelo sendo mais indicados para reforçar a cor natural do que para fazer uma mudança radical. Suportam 5 a 10 lavagens.
Permanentes: São os mais duradouros, penetram e impregnam a queratina do cabelo possibilitando inúmeras tonalidades.

Descoloração
O uso de agentes oxidantes como descolorantes permite transformar parte do pigmento melanina do cabelo numa substância incolor.
Suplementos que fortificam o cabelo
Diversos factores como o envelhecimento, as alterações hormonais, o stress e a poluição perturbam o ciclo de crescimento do cabelo, caindo mais cabelos do que aqueles que crescem.
A origem dos problemas da queda de cabelo, caspa, cabelo grisalho, baço, espigado ou enfraquecido está muitas vezes na falta de determinados nutrientes essenciais que pode ser compensada pela toma de suplementos alimentares, nomeadamente as vitaminas, minerais e aminoácidos, que se tem revelado muito úteis na melhoria da saúde do cabelo.
Particularmente importantes, para um cabelo saudável e brilhante, são as vitaminas do complexo B, bem como a Biotina - Vitamina H e a Vitamina B5 que está relacionada com as situações de cabelo seco e grisalho.
O enxofre é um componente do colagénio que constitui o tecido conjuntivo da pele, unhas e cabelo. A toma do suplemento MSM (metilsulfonilmetano), um composto orgânico rico em enxofre, é uma fonte excelente para a síntese do colagénio e da proteína queratina que faz parte da constituição da haste capilar e confere força, elasticidade e resistência às fibras capilares.
A L-cisteína é um aminoácido sulfurado indispensável na síntese da queratina. O zinco, o selénio e a sílica são minerais importantes constituintes do cabelo, pele e unhas, sendo necessários para que ocorra uma eficiente regeneração destes tecidos. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.